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Sou uma pernambucana arretada,amo a vida e as pessoas, sou uma mãe e avó muito dedicada. Gosto de sair com amigos e familiares, frequentemente nos reunimos em casa ou saímos para um almoço aos domingos.Tenho dois filhos que me orgulho muito e um marido que mim apóia em tudo que desejo fazer. Como objetivo no momento, tenho a minha formação que será esse ano.

sábado, 25 de julho de 2009



Duque de Caxias; 21/06/2009

TEXTO 4: TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta S. et. AL. Contextos de Alfabetização Inicial.Trad. Francisco Settineri, Porto Alegre: Artmed, 2004 (p. 85-98).

Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização Inicial na Escola: Perspectiva Sociolinguìstica – Erik Jacobson

Partindo do pressuposto de que as práticas sociais influenciam as práticas de leitura e escrita, nós como professores precisamos desenvolver nosso trabalho a partir de uma perspectiva sociolingüística para que o mesmo consiga atender às necessidades e anseios de nossos alunos.

Antigamente, (infelizmente nos dias atuais ainda se vê professores trabalhando assim) a alfabetização se dava em dois momentos: primeiro, o professor ensinava as letras, depois ele ensinava a “juntar” essas letras. Segundo, ele aplicava treinos ortográficos e exercícios de redação e gramatical. No entanto, os estudos demonstram que a aprendizagem da escrita alfabética não garante ao aluno a possibilidade de compreender e produzir textos.

Hoje em dia houve uma revisão dessa metodologia e alguns pesquisadores do assunto atentam para a necessidade de se repensar sobre essas práticas, a tempos estabelecidas e difundidas por anos e que, infelizmente, para a maioria dos professores ainda é única.

Lembrei-me de um exemplo dado por uma professora numa palestra que assisti que foi o seguinte: “Fora da escola as palavras escritas não existem para serem associadas ao som, mas ao sentido. Se a professora escrever a palavra B-A-L-A no quadro, as letras não têm função, não têm utilidades. Mas quando essas mesmas letras estão em uma loja de doces, indicam para a criança que ‘aqui se vende balas’.”

Isso nos mostra que as palavras só adquirem significação a partir do momento que a criança consegue fazer essa associação, precisa haver uma relação entre o que ela conhece com o que sendo estar trabalhando em sala de aula. Nesse sentido, Azeredo (2007) afirma que, qualquer palavra falada ou escrita é portadora de significado mediante o contexto em que ela é utilizada.

Como contribuição para reflexão de nossas atuais ou futuras práticas de alfabetização deixo essa receita que recebi de uma amiga.

Receita de Alfabetização

Ingredientes

1 criança

1 uniforme escolar

1 sala de aula decorada

1 cartilha

Preparo

Pegue uma criança de 6 anos, limpe bem, lave e enxágüe com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha a cartilha na mão da criança.

Atenção: tome cuidado para que ela não se contamine com o contato de livros, jornais revistas e outros materiais impressos.

Abra bem a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.

Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.

Ao fim do oitavo mês, espete, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.

Se isso acontecer: Considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.

Se isso não acontecer: Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado, ao fim de três anos enrole a criança em papel pardo e coloque um rótulo: “aluno renitente”.


(Adaptado de:CARVALHO,Marlene. Alfabetização sem receita de alfabetização. In: Carpe diem. BH: Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação. Ano IV, jan./fev. 1994 ).

Bibliografia

AZEREDO, José Carlos de. Ensino de Português: fundamentos, percursos, objetos. Rio de janeiro: Zahar, Ed. 2007.

CARVALHO, Marlene. Alfabetização sem receita de alfabetização. In: Carpe diem. BH: Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação. Ano IV, jan./fev. 1994 .

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