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Sou uma pernambucana arretada,amo a vida e as pessoas, sou uma mãe e avó muito dedicada. Gosto de sair com amigos e familiares, frequentemente nos reunimos em casa ou saímos para um almoço aos domingos.Tenho dois filhos que me orgulho muito e um marido que mim apóia em tudo que desejo fazer. Como objetivo no momento, tenho a minha formação que será esse ano.

sábado, 25 de julho de 2009


Duque de Caxias; 19/06/2009

TEXTO 3: TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta S. et. AL. Contextos de Alfabetização Inicial.Trad. Francisco Settineri, Porto Alegre: Artmed, 2004 (p. 85-98).

Contextos de Alfabetização na Aula – Ana Teberosky e Núria Ribeira

Concebe-se hoje que as crianças têm conhecimentos prévios a respeito da linguagem escrita ao chegarem à escola. Conhecimentos estes que serão socializados, trabalhados e transformados em conhecimento científico. Portanto, o trabalho do professor precisa está baseado em como as crianças pensam, pois sabendo como elas pensam saberá respeitar os interesses individuais e os ritmos diversificados de cada um. Dessa forma, num clima de cooperação e interação, os conhecimentos vão sendo construídos coletivamente. Para isso o professor não pode trabalhar com um planejamento fechado que não possibilite mudanças.

As autoras trazem alguns contextos de alfabetização envolvendo situações do cotidiano que no momento favorecem informações a respeito da aquisição de determinado tipo de conhecimento, confirmando que a criança vivencia e/ou observa aprendizagens em contextos diversos. Na escola, ela associa o que já sabe com o que está sendo ensinado, por esse motivo é de suma importância que não se despreze o conhecimento que a criança tem ao ingressar na escola.

Analisando alguns contextos:

- Contexto de manipular e olhar os textos em seus suportes naturais (livros, jornais, cartas e todo tipo de portadores de texto como cartazes, rótulos etc.) e de relação entre ações e objetos.

Oferecer à criança uma diversidade de texto, levando-a a entender a estrutura de cada um e a forma como será lido e/ou consultado e dependendo do texto sua reação será diferente. A carta, por exemplo, é um texto que necessita de resposta.

- Contexto de escutar a leitura em voz alta feita pelo adulto e de participar em intercâmbios verbais, por exemplo, sobre os nomes dos desenhos de um livro.

Interagir com a criança no momento da leitura, indagá-la a respeito do que está sendo lido, permitir que ela faça sua própria leitura a partir de informações que ela dispõe no momento.

- Contexto de relação entre contexto e texto. Por exemplo, onde olhar no rótulo para localizar o nome de um produto, onde estar escrito o nome em relação com o desenho, que aspectos têm os contos, os jornais, as cartas; que textos podem estar escritos nesses suportes etc.

Esgotar todas as possibilidades de leitura e significação contextuais quando for trabalhar com matérias que sejam significativos e traduzam aspectos do cotidiano da criança.

- Contexto de escrever em “voz alta”, ditando a um adulto, produzindo textos extensos e participando na produção gráfica, quando o adulto faz as vezes de “escriba”. Por exemplo, quando se escreve a carta ao Papai Noel ou um postal para a avó.

Proporcionar atividades onde a criança possa participar da elaboração de textos que sejam ditados por elas e escritos por adultos ou que sejam ditados a ela.

Vou abrir um parêntese para relatar o que ocorreu em minha casa: Tenho uma neta de 3 anos e 7 meses, dia desses pedi que ela escrevesse pra mim uma lista do que precisamos comprar pra ela e ela mim surpreendeu quando escreveu desta forma:












Fiquei admirada por ela seguir a estrutura de lista mesmo sem ter trabalhado com texto (já que a “escolinha” que ela estuda é estilo “bê a ba”, utiliza cartilha e estar trabalhando com ela as vogais). Ela usou para cada item uma linha e quando acabou a página da caderneta ela parou e disse: - peraí (essa parte que tem a seta) E escreveu em cima do que já havia escrito, pois não poderia fugir da estrutura. A partir do que vem sendo estudado e da leitura dos textos sei que esse conhecimento vem de um contexto onde ela presenciou seus pais fazerem alguma lista.

Não satisfeita, pedi que agora escrevesse um bilhete à sua professora e ela escreveu assim:













Nota-se que ela utilizou outra estrutura e as “palavras” estão mais juntas, já que se trata de frases e não palavras soltas.

Dessa forma, reforçamos a necessidade do professor favorecer a reflexão dos alunos sobre o sistema alfabético por meio da leitura de textos dos quais já dispõem de algumas informações.

Podemos concluir que o trabalho com livros e textos de diferentes tipos coloca a criança em convívio com as estruturas da língua escrita e que qualquer que seja a prática de ensino do professor, torna-se necessário que seja por intermédio de textos ou de situações em que a escrita tenha real significado para a criança.

Um comentário:

  1. Esta postagem ficou excelente!! Parabéns!! Você apresentou os contextos apresentados pelas autoras. Além disso, você elaborou uma bela relação da prática com os referenciais teóricos!! Muito bom!

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