Duque de Caxias; 17/07/2009
TEXTO 5: FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 18. ed.,São Paulo: Cortez, 2007. (p. 09 - 20)
Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem – Emília Ferreiro
A autora em sua pesquisas na área da aprendizagem da língua trouxe-nos à reflexão sobre o processo de aquisição da leitura e escrita.
As pesquisas iniciadas por Emília Ferreiro e comprovadas por diversos estudiosos transformaram a compreensão do que é escrita; em vez de um código a ser assimilado, é um sistema de representação que cada um reconstrói até estar plenamente alfabetizado.
Segundo Ferreiro (2007), as crianças elaboram diferentes hipóteses sobre o funcionamento do sistema de escrita. Que são as seguintes:
- Hipótese pré-silábica – a criança adota o critério de que, para escrever, é preciso uma quantidade de letras, no mínimo três, diferentes. Nessa fase, ela tem um repertório pequeno de letras;
- Hipótese silábica sem valor sonoro – quando passa a registrar uma letra para cada emissão sonora;
- Hipótese silábica com valor sonoro – quando consegue perceber a correspondência sonora nas vogais e/ou nas consoantes;
- Hipótese silábico-alfabética – consegue desenvolver uma escrita que inclui silabas que podem ser representadas com uma única letra e outras com mais de uma letra.
- Hipótese alfabética – quando começa a representar cada fonema com uma letra, mostrando compreensão do princípio alfabético da nossa escrita; mesmo que apresente problemas de ortografia.
Vale ressaltar que pode haver momentos em que a criança oscila entre as hipóteses e que ocorrem alguns casos em que a criança encontra-se em níveis diferentes em leitura e escrita, isto é, ela pode estar na hipótese silábica na escrita e na pré-silábica na leitura ou o inverso.
Outro ponto a ser observado é que em determinadas situações as crianças se preocupam em dá conta do número de letras utilizadas, já em outras situações elas se preocupam em produzir o maior número de letras variadas.
O fato é que, mesmo ao terem um repertório diversificado de letras não significa que já consigam identificar a relação entre letras e sons. Mas, se em palavras maiores utilizam mais letras, elas têm consciência de que, para palavras maiores necessitam de mais letras.
Desta forma constata-se que é refletindo sobre a escrita convencional que as crianças podem avançar em suas hipóteses de leitura e escrita.
Portanto, dentro desta concepção, cabe ao professor diagnosticar em que nível está cada aluno para planejar suas atividades de forma que todos possam avançar sempre mais.
Entretanto, o que observamos nos estágios, é que muitos professores não consideram (ou desconhecem) que o ponto de partida da aprendizagem é a própria criança, desta forma os que não aprendem vão ficando pra trás e muitos professores desistem delas como se elas fossem incapazes de aprender.
Idem aos comentários da postagem anterior... Deveria ter aprofundado um pouco mais... Você centralizou sua reflexão nos aspectos mais gerais...
ResponderExcluir